Beyond coffee - Resenha crítica - James Beshara
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Beyond coffee - resenha crítica

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Saúde & Dieta

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Beyond coffee

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-1-5445-0546-6

Editora: Monocle Publishing

Resenha crítica

Introdução aos nootrópicos

Não seria maravilhoso poder ingerir uma pílula ou, quem sabe, tomar um chá e, assim, ficar mais inteligente? Bastaria isso para que você pudesse atuar no mercado de ações e obter os mais altos lucros ou ajudar o FBI a resolver os seus mistérios mais intrincados.

Embora sejam ótimos temas para filmes de ficção científica e a maioria do público anseie pela concretização desses fenômenos, a verdade é que existem, de fato, compostos químicos cientificamente projetados para incrementar a capacidade e a habilidade naturais.

Esses novos suplementos estão se tornando extremamente populares. Chamados de “nootrópicos”, os desenvolvedores afirmam que eles oferecem uma variedade de benefícios que estimulam o cérebro, incluindo aprimorar a memória, a concentração, a energia e o aprendizado.

Ademais, essas substâncias poderiam aumentar as funções executivas do cérebro. A questão principal, no entanto, é se elas realmente funcionam, sendo seguras ou não. Outro ponto importante é como encontrar o equilíbrio adequado entre a eficácia e a segurança.

Ômega 3

O ômega 3 é a categoria de ácidos graxos comumente (mas, não exclusivamente) derivados de peixes. Ele é essencial para a saúde dos olhos e do cérebro. Com efeito, pode ser encontrado, em altos níveis, no salmão e no atum, devendo ser consumido por meio de suplementos ou incorporados à dieta (uma vez que o organismo, por si só, não é capaz de sintetizá-lo).

Esse tipo de suplemento tende a ser utilizado por quem almeja reduzir os níveis de colesterol e os riscos de doenças cardíacas. Contudo, vários estudos apontados pelos autores demonstram que a substância é capaz de otimizar a cognição e aumentar o tempo de atenção plena dos indivíduos.

Funciona?

Estudos mostram que as pessoas que consomem maiores quantidades de ômega 3 melhoram seu desempenho cognitivo. É interessante notar que ter níveis mais baixos de DHA (Ácido docosahexaenóico), ou seja, o próprio ômega 3) foi associado à “amiloidose” (doença rara na qual proteínas anormalmente dobradas prejudicam o cérebro).

Não obstante, ter níveis mais altos de DHA no sangue está associado à preservação das funções neuronais. Nossos autores destacam um estudo de grande monta, realizado em idosos ao longo de 4 anos, que revelou que os indivíduos que comem peixe regularmente são menos propensos a desenvolver o mal de Alzheimer.

Houve, também, algumas revisões em larga escala que analisaram os efeitos do ômega 3 no desempenho cognitivo. Com base nessa revisão, os autores concluíram que as pessoas com comprometimento cognitivo leve podem obter melhoras significativas com a ingestão dos ácidos graxos presentes no ômega 3.

Todavia, aqueles que já apresentam doenças cognitivas, como a de Alzheimer, não se beneficiam com a ingestão da substância. Além disso, o ômega 3 demonstrou ser um ótimo aliado para indivíduos com TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

A suplementação da alimentação com ômega 3, portanto, é capaz de reduzir a pressão arterial e o colesterol. Em alguns casos, é possível, até mesmo, atenuar os sintomas da depressão.

Nicotina

Uma das Drogas mais populares, a nicotina é utilizada há décadas e seus efeitos estimuladores são altamente viciantes. Apesar de levar à dependência, a nicotina, em si mesma, não apresenta riscos à saúde quando consumida em doses controladas para adultos saudáveis (excetuando-se as mulheres grávidas).

É a presença do tabaco nos cigarros e em outros produtos de nicotina que coloca os usuários em risco de contraírem muitos tipos de câncer e outras consequências negativas para a saúde.

Com o alto potencial de abuso e dependência da nicotina, vários produtos somente de dessa substância (por exemplo, os adesivos) são empregados para auxiliar os usuários a parar de usar produtos nocivos e, assim, minimizar os sintomas de abstinência durante o tratamento.

Todavia, os potenciais riscos à saúde de produtos exclusivamente fabricados com nicotina, particularmente os cigarros eletrônicos, permanecem controversos e sendo alvo de intenso debate entre os especialistas.

Agora, que chegamos à metade da leitura, vamos nos aprofundar em tópicos de alta relevância, como a eficiência e a segurança do consumo de nicotina, adaptógenos e café.

Funciona?

A nicotina é conhecida por seu generalizado uso recreativo. Afinal, ela é altamente eficaz na produção de estímulos cerebrais rápidos e elevações no humor. Sem embargo, a nicotina leva, conforme mencionado, à dependência em poucos dias de uso.

Desde um ponto de vista médico, os produtos à base de nicotina, como chicletes, pastilhas e adesivos, fornecem uma dose relativamente baixa da substância, permitindo que o depende pare lentamente de utilizá-la, reduzindo os sintomas de abstinência. Os autores relatam que esses métodos apresentam um índice de sucesso entre 50% e 70%.

É seguro?

A nicotina é bastante rápida em gerar vício e, consequentemente, dependência. Os sintomas de abstinência incluem depressão, irritabilidade, ansiedade, insônia, falta de concentração, redução na frequência cardíaca e aumento do apetite.

Assim, ela deve ser evitada por jovens e adolescentes, por mulheres grávidas e por pessoas com problemas cardíacos. Além disso, a nicotina pode levar à toxicidade e ser letal em altas doses.

Aqueles que utilizam produtos somente com nicotina, a fim de obter auxílio para abandonar o tabagismo, relatam dores de cabeça, irritação nas vias aéreas, acnes, doenças gengivais, náuseas, diarreias, dores nas costas e articulações, sinusite e outros efeitos adversos.

Adaptógenos

A evolução da espécie humana se deve, em grande medida, ao nosso sistema nervoso avançado, que retira estímulos do ambiente e os traduz em sensações. Nossos corpos, por sua vez, reagem a essas sensações produzindo substâncias químicas no cérebro que nos ajudam a lidar com o meio ambiente.

A despeito de que esse sistema tenha sido fundamental na evolução de nossa espécie ao longo de centenas de milhares de anos, o mundo contemporâneo oferece uma série de estímulos ambientes que, simplesmente, não existiam no passado.

Pense, por exemplo, na poluição, no tráfego, nos smartphones e outros congêneres típicos das rotinas modernas. Esse é, para os autores, o “mundo dos adaptógenos”. O conceito, na realidade, é bastante simples: consiste na utilização de compostos que os seres humanos empregam há milhares de anos para regular o sistema nervoso.

Essa é uma das coisas mais interessantes sobre os nootrópicos: eles não precisam ser, necessariamente, “compostos químicos”. Pelo menos, não no sentido médico do termo.

Alguns deles são sintetizados com base nos conhecimentos científicos acerca dos produtos químicos e suas fontes. Porém, há outros que podem ser encontrados naturalmente em diversos alimentos e plantas, podendo ser extraídos dessas fontes.

Café

O café é, sem dúvidas, um dos estimulantes mais difundidos em todo o mundo. Muitas pessoas não abrem mão de começar o dia com uma boa xícara e, provavelmente, você também é uma delas, não é mesmo?

Com efeito, enquanto alguns indivíduos se satisfazem após uma xícara para alavancar seu estado de alerta mental, outros consomem várias doses diárias para manter o nível de atenção desejado.

Nativo do Sudão e da Etiópia, o café integra, na atualidade, a produção agrícola de cerca de 70 países, sendo que o Brasil é o principal produtor. Em média, uma única xícara de café contém 80 mg de cafeína.

Mesmo que o consumo moderado de café, qual seja, o de até 5 xícaras diárias ou 400 mg de cafeína, seja considerado seguro pelo FDA (sigla inglesa para o departamento de serviços humanos e saúde dos Estados Unidos, em tradução livre), ele pode gerar certas implicações.

É importante ter em mente que as quantidades de cafeína variam dependendo de como o café é preparado e, também, da sensibilidade de cada indivíduo à substância. Esse fator depende de condições preexistentes, da genética, da existência de gravidez e do uso regular de certos medicamentos.

Efeitos colaterais conhecidos do consumo excessivo de cafeína incluem problemas de sono, depressão, ansiedade, taquicardia, azia, náusea, dores de cabeça e tremores corporais.

Em termos práticos, muitos desses efeitos podem ser observados em quem experimenta uma descontinuação abrupta, também conhecida como “abstinência de cafeína”. Em casos extremos, isto é, quando a cafeína é consumida rapidamente e em grandes quantidades, efeitos tóxicos também podem se manifestar.

Notas finais

Como você deve ter notado, o “mundo além do café” é bastante extenso. Assim, este microbook mal arranha a sua superfície. Dito de outra forma, quando você aumenta o zoom, perceberá que existem, basicamente, 3 grupos de compostos que melhoram a cognição.

O primeiro é formado pelos compostos não comprovados. O segundo, é eficaz, mas potencialmente perigoso. Por fim, o terceiro grupo engloba os compostos cientificamente examinados que mostram beneficios cognitivos reais.

Cumpre ressaltar, no entanto, que a sua atenção e o nível de energia apresentado ao longo do dia depende, efetivamente, dos elementos que todos conhecemos: sono saudável, dieta balanceada, exercícios regulares e um cuidadoso gerenciamento do estresse.

Dica do 12’

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Quem escreveu o livro?

Dan Eagle é especialista em desenvolvimento de performance empresarial e dirige uma clínica que articula os... (Leia mais)

James Beshara é um investidor e criador de st... (Leia mais)

Katherine Haynes é uma pesquisadora, com diversos artigos e trabalhos cie... (Leia mais)

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